123 policiais militares foram assassinados no Ceará em 10 anos
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Foto: Reprodução
Em regra, as Polícias Militares do Brasil são os órgãos da Segurança
Pública com o maior efetivo. Por estarem diariamente nas ruas realizando o
policiamento ostensivo, o resguardo pelas vidas dos militares é algo que aflige
as autoridades. Conforme a Polícia Militar do Ceará (PMCE), nos últimos 10
anos, 123 PMs foram assassinados no estado.
Ao considerar que muitos dos crimes permanecem em fase de investigação
ou processo judicial, a PMCE não sabe ao certo precisar quantos destes
homicídios foram motivados pelo fato de a vítima exercer a função. Com intuito
de coibir mortes contra os profissionais da segurança pública, incluindo
integrantes das polícias, do sistema judicial, do sistema prisional e das
Forças Armadas, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de Lei para agravar
penas.
O projeto é de autoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) e visa
alterar decreto do Código Penal. Para o agravamento das penas devem ser
consideradas situações como: reincidência e motivo fútil. A proposta deve ser
analisada em breve nas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado, e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para a Polícia Militar do Ceará, a chance da alteração legislativa
objetiva “recrudescer as sanções penais para os autores de crimes contra
agentes de segurança, pois tais medidas propiciam uma maior sensação de
segurança a esses agentes, permitindo que eles possam exercer a missão de
proteger a sociedade de forma mais efetiva”, disseram em nota.
Prevenção
O presidente da Associação Cearense de Magistrados (ACM), Ricardo
Alexandre Costa, também se posicionou sobre o projeto de Lei que inclui como
público-alvo a proteção dos juízes.
De acordo com Costa, não houve mortes de magistrados no Ceará nos
últimos 10 anos, devido ao exercício da função: “Como juízes não somos os
principais alvos da violência, as polícias sofrem mais. Pensamos que a
iniciativa legislativa não resolve por si só. O projeto pode contribuir,
infelizmente, apenas na punição. Mas não tem um caráter de prevenção”, opinou.
*Conteúdo G1 CE
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