Ministra Damares Alves nega que pediu a Bolsonaro para deixar o cargo
A ministra disse que não conversou
com o presidente sobre o assunto
(Foto:
José Cruz/Agência Brasil)
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves,
negou, nesta sexta-feira (3/5), que pediu ao presidente da República, Jair
Bolsonaro, para deixar o cargo. De acordo com a revista Veja, a ministra havia
feito o pedido ao chefe do palácio do Planalto por cansaço e para cuidar da
saúde.
Mas, em nota enviada através da pasta, ela negou. “Informo que não
pretendo sair do governo”, diz o curto texto. Mais cedo, em entrevista à Rádio
Gaúcha, Damares afirmou que não se sente desanimada, nem ameaçada e fez questão
de dizer que permanecerá ministra até quando este for o desejo do presidente e
até quando sua saúde suportar.
De acordo com a publicação da Veja, Damares sofre ameaças de morte e,
por isso, abandonou a residência, em Brasília, e passou a morar em um endereço
mantido em segredo, por recomendação do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República (GSI). A ministra, diz a publicação, também não
divulga agenda pública, circula escoltada e um segurança fica na porta do
gabinete dela.
Na entrevista à rádio, a ministra disse que não conversou com o
presidente sobre o assunto. “Não tenho medo de pressão, não tenho medo de
ameaça de morte. Tenho trabalhado de 16 a 18 horas por dia. No pique que estou,
vou até os 100 anos de idade”, afirmou Damares.
Saída em dezembro
Mesmo com a negação, a revista mantém a informação. “A ministra explicou
ao presidente que não tem mais condições físicas e emocionais para suportar por
muito mais tempo as demandas que o cargo impõe. Bolsonaro, ao ouvir as queixas,
desdenhou: “Você vai sair, mas daqui a quatro anos”. A ministra avisou que
permanecerá no cargo, no máximo, até dezembro deste ano”, diz a publicação da
Veja.
Damares Alves também afirmou que a publicação não se trata de uma
notícia falsa, mas, sim de um mal-entendido. "Não é fake news, mas um
mal-entendido. Alguns jornalistas conversaram comigo e eu disse que ficarei
nesse governo até quando o presidente desejar e precisar de mim, e até quando a
minha saúde aguentar. E eles (jornalistas) devem ter entendido diferente",
acredita.
Fonte: Correio Braziliense