Ação do MPCE, MPF e DPCE cobra que pagamento de auxílio emergencial seja feito por outros bancos
Mumbai
Ahmedabad
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O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) ingressou,
em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública do
Estado do Ceará (DPCE), com ação na Justiça Federal para obrigar a União a
disponibilizar o saque do auxílio emergencial através de outros bancos. O
pagamento do benefício, criado para garantir proteção ao cidadão durante a
pandemia da Covid-19, vem sendo feito exclusivamente pela Caixa Econômica, o
que tem provocado aglomerações no entorno de agências e criando ambientes propícios
para a transmissão da doença.
“As aglomerações de pessoas afrontam as medidas sanitárias
de combate e prevenção impostas a nível federal, estadual e municipal”, alerta
a ação assinada por dez membros das três instituições. Para eles, ao concentrar
o pagamento do auxílio emergencial, sem estender a possibilidade de seu
pagamento aos demais bancos oficiais, privados e até os Caixas 24h, a União
“presta um serviço público ineficiente e, o que é pior, com sério
comprometimento do necessário isolamento social rígido no Estado do Ceará,
podendo pôr a perder todos os esforços empreendidos para a contenção do novo
coronavírus”.
Na ação, MPCE, MPF e DPCE pedem que a Justiça determine
implementação, num prazo de dez dias, de solução técnica capaz de permitir o
saque do auxílio através da rede disponibilizada pelos demais bancos de varejo.
Para saque em instituições financeiras federais, a exemplo do Banco do Brasil e
do Banco do Nordeste, que seja determinado prazo menor, de cinco dias.
Além da União, o processo está sendo movido também contra a
Caixa Econômica Federal e o Estado do Ceará. MPCE, MPF e DPCE pedem que o banco
público e os Poderes Executivos adotem uma série de medidas para melhorar o
atendimento nas agências e organizar o fluxo de pessoas nos arredores. Entre
elas, está, por exemplo, a disponibilização de pessoal (vigilantes, empregados
e colaboradores) em quantitativo adequado com o objetivo de realizar marcação
de locais nas filas, assegurar a triagem no atendimento e a prestação de informações,
entre outras ações.
Aplicativo –
Consta também na ação pedido para implementação de melhoria no aplicativo
disponibilizado pela Caixa. A ideia é que o banco disponibilize ferramenta que
utilize BI (business intelligence) indicando, com base nos dados cadastrais do
solicitante do auxílio emergencial, o agente pagador ao qual o cidadão deve se
dirigir, de modo a evitar a formação de aglomerações. A ferramenta poderia
utilizar o endereço cadastral ou, se inexistente, a geolocalização do
dispositivo eletrônico do requerente.
Já ao Estado do Ceará, a ação pede que seja determinada a
elaboração de Plano de Contingência para a crise sanitária, com a inclusão da
ação de policiamento ostensivo nos arredores de todas as agências das Caixa do
Estado, durante o expediente bancário, de forma a proteger as pessoas que se
dirigem às agências bancárias para receber valores. Outra medida proposta visa
garantir o respeito às ordens de restrição e interdição das ruas próximas às
agências e destinadas à formação das filas, assegurando que os bloqueios
possibilitem que as marcações sejam feitas no pavimento asfáltico ou outra
solução adequada, orientando a população, requisitando a intervenção e o apoio
municipal, quando necessário.
*Com
informações do MPF
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