Bolsonaro deve ir à TV se posicionar contra o isolamento social
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AFP
O presidente Jair Bolsonaro pretende fazer neste sábado
(16), um novo pronunciamento em rede nacional de TV e rádio para defender mais
uma vez o fim de medidas de isolamento social, aplicadas desde o começo da
pandemia do novo coronavírus no Brasil.
A intenção do presidente é pregar um "cavalo de
pau" nas atuais determinações de Estados e municípios, citando que já
incluiu uma série de atividades na lista de serviços essenciais, o que permite
o funcionamento mesmo durante a pandemia do coronavírus.
A intenção de fazer o novo pronunciamento - o sexto desde o
início da crise - foi revelada pelo presidente na última quinta-feira (14),
durante videoconferência com empresários no Palácio do Planalto. "Nós
temos que ter mais do que comercial de esperança, transmitir a confiança. Tanto
é que vamos ter um pronunciamento gravado para sábado à noite nessa
linha", disse o presidente na ocasião.
O presidente defende uma abertura geral de estabelecimentos
e o chamado "isolamento vertical", que vale apenas para idosos e
doentes. Contra as medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos,
Bolsonaro tem argumentado que o fechamento do comércio trará o "caos"
e a "fome" para a população que está sem renda.
O pronunciamento ainda não havia sido gravado até a noite
de ontem, o que só deve ocorrer neste sábado. Em sua última mensagem em rede
nacional, Bolsonaro já havia pedido a volta ao trabalho e responsabilizado
governadores por medidas de distanciamento social.
Segundo o próprio presidente, esse pronunciamento deverá
passar pela revisão do ministro da Economia, Paulo Guedes. "Pedi ao Paulo
Guedes que já comece a revisar o que eu vou falar para gente dar mensagem
logicamente objetiva, voltada para a vida, voltada para a economia, para nós
sairmos da situação em que nos encontramos", disse.
Ao falar a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada
ontem, Bolsonaro disse que está fazendo "o que pode". "A lei me
deu o direito de escolher as atividades essenciais. O resto, que não é
essencial, é a cargo de governadores e prefeitos", disse.
Diário
do Nordeste