Bolsonaro diz que auxílio emergencial deve ter mais três parcelas, de R$ 500, R$ 400 e R$ 300
Mumbai
Ahmedabad
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Evaristo Sá / AFP
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25)
que haverá prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 por mais três meses.
O benefício, segundo ele, será reduzido gradualmente, e
deve ter parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. Depois, o pagamento da
assistência a trabalhadores informais seria encerrado.
O auxílio foi aprovado pelo Congresso com duração de três
meses. O objetivo era trazer alívio financeiro às parcelas mais vulneráveis da
população.
Com a proximidade do fim dos repasses para os primeiros
beneficiados pelo programa, cresceu a pressão para que seja feita a
prorrogação. A medida tem sido discutida internamente no governo, mas Guedes
vinha trabalhando por valores inferiores aos divulgados por Bolsonaro.
O motivo da resistência é o elevado custo da medida. A
prorrogação no formato apresentado pelo presidente pode gerar um impacto
negativo de até R$ 100 bilhões aos cofres federais. Até o momento, o governo já
liberou R$ 152 bilhões para o pagamento das três primeiras parcelas.
Na manhã desta quinta, o ministro Luiz Eduardo Ramos
(Secretaria de Governo) já havia afirmado que a extensão do auxílio teria
parcela de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.
A informação foi publicada pelo ministro em uma rede social,
mas ela foi apagada pouco depois. A pasta comandada por ele disse que a
publicação estava incorreta e que o assunto ainda estava em discussão no
governo.
"O governo vai pagar três parcelas adicionais (de R$
500, R$ 400 e R$ 300) do auxílio emergencial. A proposta faria o benefício
chegar neste ano a pelo menos R$ 229,5 bilhões. Isso é 53% de toda a
transferência de renda já feita no programa Bolsa Família desde o seu início,
em 2004", escreveu Ramos
Ao confirmar essa previsão de valores, Bolsonaro disse que
sua equipe de governo ainda trabalha nos cálculos para oficializar a
prorrogação.
O tema deve foi debatido nesta quinta em reunião do
presidente com os ministros Braga Netto (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e
Onyx Lorenzoni (Cidadania), além dos presidentes do Banco Central, Roberto
Campos Neto e da Caixa, Pedro Guimarães.
Inicialmente, o governo planejava pagar mais duas parcelas
do auxílio emergencial, no valor de R$ 300 cada uma. O próprio presidente
Bolsonaro chegou a defender o valor e disse que vetaria qualquer ação do
Legislativo para aumentá-los.
"Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma
proposta de duas [parcelas extras] de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$
400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o
Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez
mais impagável. É o veto", afirmou Bolsonaro em uma live no dia 11 de
junho.
Diário
do Nordeste
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Economia