MPCE inspeciona Prefeitura de Granjeiro em investigação sobre fraudes em compras públicas
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O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da
Promotoria de Justiça de Granjeiro, realizou, na manhã desta quinta-feira
(25/06), uma inspeção na sede da Prefeitura de Granjeiro no intuito de apurar
possíveis fraudes em compras públicas, dentre as quais destaca-se a compra de
três mil litros de álcool em gel 70% com o objetivo de serem distribuídos à
população.
De acordo com o promotor de Justiça Rafael Couto Vieira, a
Prefeitura comprou o álcool através de dispensa de licitação, seguido de rápido
pagamento, fato que incentivou uma inspeção prioritária, “pois o produto
poderia ser rapidamente consumido e os elementos de prova seriam perdidos”,
explica ele.
Durante a investigação, a Promotoria de Justiça entrevistou
pessoas da comunidade que reconheceram que houve a distribuição de álcool em
gel pelo município, mas não nos recipientes originais. O município repartiu o
produto adquirido em frascos de 250ml e montou quites compostos por dois
frascos: um de álcool e outro de detergente. Para tanto, o município deveria
ter adquirido 24 mil recipientes, mas foram comprados, aproximadamente, oito
mil frascos para a confecção dos quites.
O representante do MPCE destaca que, como o município,
segundo o IBGE, possui 4.800 habitantes, a compra seria grande e ensejaria uma
distribuição maior para comunidade. “Considerando que temos, em média, 3 a 4
pessoas morando em uma casa, cada lar deveria ter recebido, no mínimo, dois
litros de álcool, sendo que, em alguns dos lares entrevistados, com mais de
quatro pessoas, só foram entregues 250ml de álcool e sabão. Nos resta saber
onde está o restante dos itens adquiridos pelo município?”, pondera Rafael
Couto.
Durante a vistoria, também foram colhidos elementos de
prova para instruir procedimentos nos quais se analisa possíveis pagamentos
realizados de forma inadequada em reforma de prédios públicos. Segundo a
Promotoria de Justiça, ainda são necessárias diligências complementares e caso
as irregularidades sejam confirmadas, o Poder Judiciário será provocado com ações
penais e ações de improbidade com pedido de ressarcimento.
MPCE
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