Funcionários dos Correios marcam greve para terça-feira (4)
Mumbai
Ahmedabad
Em resposta ao corte de benefícios, os funcionários dos
Correios confirmaram uma paralisação a partir da próxima terça-feira (04).
Segundo o Governo Federal, esta decisão será um agravante para a economia, que
já está afetada pela pandemia de covid-19.
A greve foi motivada por uma proposta da Diretoria dos
Correios que pretende cortar alguns benefícios e adequar outros à CLT, em razão
da atual crise econômica do país. Se aprovada, a mudança reduzirá o adicional
de férias, o adicional noturno, a licença maternidade, entre outras concessões
mais generosas que as previstas na CLT. Algumas vantagens serão cortadas, como
a indenização por morte ou invalidez e o pagamento de multas dos funcionários.
Negociações
sem resultado
Os funcionários apelidaram a proposta como "pacote da
maldade" e, diante da dificuldade durante as negociações com a Diretoria,
a categoria decidiu antecipar a greve. Inicialmente, no dia 04 de agosto,
aconteceria uma assembleia nacional para discutir a possibilidade de um
protesto.
No entanto, nesta quinta-feira (30), os 31 sindicatos que
integram a principal federação de trabalhadores dos Correios, enviaram um
comunicado ao presidente da estatal, Floriano Peixoto. Na mensagem, a categoria
confirmava a paralisação por tempo indeterminado, já que não teve "suas
reivindicações atendidas pela empresa na mesa de negociação".
A estatal acredita que a circulação de informações erradas
causou "confusão nos empregados". No entanto, a Federação Nacional
dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect)
afirma que a proposta da Diretoria retira direitos e reivindica reajuste
salarial.
Greve
pode agravar crise econômica
A estatal classificou a paralisação como "reação
imprópria" e tenta convencer os funcionários a não aderirem à decisão dos
sindicatos. "No meio da pandemia, uma greve dos Correios é gasolina no
incêndio", afirmou uma fonte da empresa à CNN.
Os sindicatos acreditam que o governo não conseguirá
desmobilizar os funcionários, apesar do argumento de que este seria o pior
momento para uma greve.
"Certa do compromisso e da responsabilidade de seus
empregados com a população e o país, espera que a adesão a uma possível
paralisação, se houver, seja ínfima e incapaz de prejudicar o serviço postal e
os brasileiros", afirmou os Correios em um comunicado.
Já que as negociações não foram suficientes para impedir a
greve, o Governo Federal espera levar a questão para o Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
Tecmundo
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