180 municípios do Ceará estão em risco alto e altíssimo da Covid; Camilo recomendará lockdown
Segunda
onda se alastrada pelo Estado, que anteriormente já havia decretado "toque
de recolher". - Foto: Wandenberg
Belém/SVM
O governador Camilo Santana passará os próximos dias em
reuniões com prefeitos de municípios cearenses com risco alto ou altíssimo para
recomendá-los a aderir ao lockdown. O isolamento social rígido voltará a ser
realidade no Estado a partir da sexta-feira (5), com Fortaleza tendo a medida
imposta.
Nas novas determinações de isolamento social rígido, que
valerão de 5 a 18 de março, cidades em situação preocupante serão encorajadas a
entrar em lockdown. Atualmente, conforme o IntegraSUS, apenas 4 municípios
cearenses não estão em risco alto ou altíssimo para a Covid-19: Russas,
Pereiro, São João do Jaguaribe e Alto Santo.
Isto significa dizer que 97,8% do estado tem gravidade
elevada de risco para a disseminação do novo coronavírus. "Vamos passar os
próximos dias conversando com os prefeitos para apoiar os municípios para que
tenham estrutura para tomar essas medidas", comenta Camilo. O prefeito da
Capital cearense, Sarto Nogueira, também participou do anúncio.
Cenário
grave
A incidência de casos do novo coronavírus, ainda segundo
o IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), segue em
tendência crescente e está em 241,1 por 100 mil habitantes. Segunda onda se
alastrada pelo Estado, que anteriormente já havia decretado "toque de
recolher".
Os diagnósticos positivos para Covid-19 seguem crescentes
em Fortaleza desde o início de 2021 e atingiram, na penúltima semana de
fevereiro, o recorde deste ano. Entre os dias 14 e 20, em apenas sete dias,
5.241 casos foram confirmados na Capital.
Apelo
Também presente na live de anúncio das medidas rígidas, o
secretário de Saúde, Dr. Cabeto, fez um pedido para os cearenses. "São 14
dias muito necessários e é quase um apelo dos profissionais de saúde. Eles
estão nos pedindo ajuda para atender a população, isso é um apelo em todas as
Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e hospitais", disse o médico.
Diário
do Nordeste
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