Bolsonaro gastou mais de R$ 3,5 milhões em alimentação no avião presidencial
O presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou mais de R$ 3,5 milhões apenas comidas e
bebidas dentro do avião presidencial durantes os quatro anos de governo. Só de
janeiro a novembro deste ano, foram mais de R$ 1,1 milhão em alimentação para a
aeronave, conforme levantamento divulgado nesta quarta-feira, 16.
Os dados foram levantados pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) junto ao
Portal da Transparência. Os dados mostram que 2022 foi ano com maior gasto de
dinheiro com alimentação no jato, somando R$1.183.459,95 em alimentação. Em
2019, foram R$ 851 mil, enquanto, em 2020, chegou a R$ 656 mil. Já em 2021, o
valor ficou em R$ 889 mil.
"Enquanto 33 milhões de brasileiros passam fome, o Bolsonaro já torrou R$
3,5 milhões com comida e bebida de luxo dentro do avião oficial. Tem almoço,
jantar, petiscos, castanhas, doces e muito mais", disse o deputado pelas
redes sociais.
Os serviços de alimentação são fornecido pela a International Meal Company
Alimentação S/A. O contrato firmado ainda no governo de Michel Temer (MDB), em
2017, foi prorrogado sucessivamente por Bolsonaro. Os produtos adquiridos são
referentes a refeições prontas - que incluem café da manhã, almoço e jantar -,
lanches (salgados e sanduíches), petiscos (castanhas, barras de cereais e
frios), frutas, bebidas, doces e gelo.
“Esse tipo de serviço não é pago com o cartão corporativo, uma vez que a
empresa mantém relação contratual por meio de licitação realizada pela
presidência. Ou seja, além de gastar milhões todo mês com cartão, Bolsonaro
ainda usa mais dinheiro público para bancar luxos no avião presidencial”,
explica o deputado.
Na semana anterior, o deputado já tinha realizado levantamento sobre o uso do
cartão cooporativo do atual chefe do Executivo. Só no período eleitoral, foi
encontrado um aumento de 108% nos gastos de Bolsonaro quando comparado mesmos
meses do ano passado. Entre agosto e novembro de 2022, Bolsonaro gastou mais de
R$ 9 milhões, uma média R$ 3 milhões por mês.
O gasto mensal era, em média, de R$ 1,5 milhão. Segundo os dados encontrados
pelo deputado, os gastos deste ano, de janeiro a outubro, o cartão já registro
um gasto de R$ 22 milhões, a maior despesa registrada desde 2016.
O deputado disse ter apresentado requerimento à Comissão de Fiscalização
Financeira e Controle da Câmara dos Deputados solicitando auditoria do Tribunal
de Contas da União (TCU) nas despesas de agosto a outubro. O deputado solicitou
saber a natureza dos gastos nesse período em relação à média anterior,
incluindo alimentação, hospedagem e passagens aéreas.
Fonte:
O Povo