Homem é condenado a 30 anos de prisão por latrocínio em Juazeiro do Norte
Wellington dos Santos Silva foi condenado a 30 anos de prisão em
regime fechado pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro do Norte.
Ele foi acusado de matar uma idosa em um matagal na região do Cariri e subtrair
seu relógio e chinelos. A sentença foi proferida no dia 5 de abril deste ano,
menos de um ano após o crime, que ocorreu em 22 de abril de 2023.
A
vítima, uma mulher idosa que costumava sair de casa para recolher materiais
recicláveis, não retornou à sua residência no dia do crime. O corpo foi
encontrado em um matagal com sinais de violência. Imagens de câmeras de
segurança ajudaram a identificar o momento em que Wellington atraiu a vítima
para o local.
Wellington
confessou o crime às autoridades, alegando vingança como motivo. Ele afirmou
que a filha da vítima teria encomendado sua morte e que tinha a intenção de
matar a filha ou qualquer outra pessoa da família. Para atrair a vítima ao
local do crime, Wellington disse que havia latas vazias para serem recolhidas.
O
laudo pericial indicou que a morte ocorreu por asfixia mecânica e que havia
outras lesões compatíveis com luta corporal. No entanto, Wellington negou ter
asfixiado a vítima e roubado seus pertences. A filha da vítima, ouvida pelas
autoridades, afirmou não conhecer Wellington.
Em
juízo, Wellington retratou-se e negou ser o responsável pelo crime. Ele
argumentou que não conhecia a vítima nem seus familiares e que não era ele nas
imagens das câmeras de segurança.
O
pedido da defesa para instaurar um incidente de insanidade mental foi desconsiderado
pela 3ª Vara Criminal de Juazeiro do Norte, pois não foram apresentados
documentos médicos, laudos periciais ou outros registros que comprovassem as
alegações.
Na
sentença, o juiz titular da Vara, David Melo Teixeira de Sousa, disse que Wellington
demonstrou total ausência de consideração com a vida humana. Ele destacou que o
crime foi cometido contra uma pessoa idosa, de forma cruel, causando sofrimento
intenso à vítima. O juiz ressaltou que a prova contra Wellington é robusta,
baseada em declarações, testemunhos, filmagens, documentos, laudos periciais e
confissão.
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